A Eleição Presidencial dos EUA: Os Candidatos, Suas Posições e o Potencial Impacto no Mercado

Tempo de leitura: 12 minutos

O Que; Quem; Quando

Quase metade da população mundial terá votado em eleições nacionais até o final deste ano. No entanto, uma eleição em particular continua a atrair atenção global e gerar manchetes diárias: a 60ª eleição presidencial dos EUA. Os americanos irão às urnas na terça-feira, 5 de novembro de 2024, para eleger seu próximo presidente, vice-presidente e o Congresso. 

O que inicialmente seria um confronto entre o Presidente Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump, mudou após a saída de Biden da disputa. Agora, os eleitores precisam decidir se Trump voltará à Casa Branca para um segundo mandato. Os Democratas apoiaram a atual Vice-Presidente Kamala Harris, que, se eleita, se tornaria a primeira mulher presidente dos EUA. Harris escolheu o governador de Minnesota, Tim Walz, como seu companheiro de chapa, enquanto Trump optou pelo polêmico senador de Ohio, JD Vance. 

Os americanos também votarão para novos membros do Congresso, composto pela Câmara dos Representantes e pelo Senado. Esses dois órgãos iniciam os planos de gastos, votam em nomeações importantes e aprovam leis. Vale lembrar que nenhum projeto pode virar lei sem a aprovação de ambas as câmaras, e o Congresso pode anular um veto presidencial.

No sistema do Colégio Eleitoral dos EUA, cada estado tem um número de votos proporcional à sua população. No total, 538 votos estão em jogo, e um candidato precisa de 270 para vencer. Como a maioria dos 50 estados sempre vota no mesmo partido, a decisão de quem será o presidente geralmente recai sobre um pequeno grupo de estados "batalha", como Carolina do Norte, Arizona, Geórgia, Nevada, Pensilvânia, Michigan e Wisconsin.

Embora os resultados da eleição normalmente sejam anunciados na mesma noite, já houve casos (como em 2020) em que levou dias para o resultado ser divulgado, especialmente se a disputa for acirrada e os votos por correio forem decisivos. Os resultados serão oficialmente anunciados após a certificação do Colégio Eleitoral pelo Congresso em janeiro de 2025; o novo presidente e vice-presidente serão empossados algumas semanas depois.

Como os candidatos se posicionam em questões-chaves?

 

Kamala Harris

Donald Trump

Economia

Busca reduzir custos de alimentação e moradia para famílias trabalhadoras e ajudar a compra da primeira casa; Propões oferecer incentivos para aumentar a oferta de moradia.

Pretende acabar com a inflação; tornar os EUA acessívevl novamente; reduzir as taxas de juros (embora isso não seja controlado diretamente por um presidente); deportar imigrantes indocumentados para aliviar a pressão sobre a moradia.

Aborto

Quer promover leis que protejam os direitos reprodutivos em todo o país.

Não enfatiza uma mensagem consistente, entretanto, os três juízes da Suprema Corte nomeados por ele foram fundamentais para derrubar o caso Roe vs Wade.

Imigração

Endureceu sua posição sobre tráfico humano com o retorno da lei de segurança fronteiriça bipartidária; não mencionou deportações em massa.

Prometeu concluir a construção do “muro” e aumentar a fiscalização; prometeu a maior deportação em massa da história dos EUA.

Impostos

Quer aumentar os impostos para grandes empresas e indivíduos que ganham mais de US$ 400.000 e introduzir medidas para aliviar a carga tributária sobre as famílias.

Defende a extensão dos cortes de impostos promovidos durante seu mandato, alguns dos quais expiram no final de 2025.

Política Externa

Continuará apoiando a Ucrânia enquanto for necessário; se referiu a Gaza como uma catástrofe humanitária e pediu um cessar-fogo imediato – mas temporário.

Quer desvincular os EUA de conflitos internacionais; prometeu acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas; pouco comentou sobre o conflito em Gaza.

Comércio

Promete cortar tarifas sobre importações, mas com alguns impostos direcionados sobre produtos chineses, como aço e alumínio.

Quer novas tarifas de 10 a 20% na maioria dos produtos importados e muito mais altas (60%) sobre produtos chineses.

Clima

Abandonou a oposição ao fracking.

Prometeu expandir a perfuração no Ártico e é contra veículos elétricos.

Saúde

Manter a Lei de Assistência Acessível (Affordable Care Act), com um papel possivelmente maior para seguradoras privadas.

Abrandou sua retórica sobre a Lei de Assistência Acessível, dizendo que quer apenas melhorá-la.

Criminalidade

Reformar a polícia e prevenir a violência armada como forma de combater o crime.

Destruir cartéis de drogas, combater a violência de gangues e reconstruir cidades administradas por democratas que estão dominadas pelo crime.

 

O Debate, as Tentativas de Assassinato e o Que Vem a Seguir?

Em 10 de setembro, mais de 67 milhões de pessoas assistiram ao debate presidencial televisionado entre Trump e Harris. Durante o duelo de 90 minutos, além dos ataques pessoais, os dois candidatos abordaram temas como economia, imigração, aborto, democracia e mudanças climáticas.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada logo após o debate mostrou que Harris manteve sua liderança sobre Trump entre os eleitores registrados: metade acreditava que Harris venceu o debate, e a outra metade disse que ela deu a impressão de ter uma integridade moral mais elevada do que seu oponente. 

Da mesma forma, de acordo com uma pesquisa do YouGov, 54% dos eleitores registrados que assistiram pelo menos parte do debate acharam que Harris foi a vencedora, enquanto 31% disseram que foi Trump. Embora os dados sugiram que a maioria dos que assistiram ao debate tenha achado que Harris saiu vitoriosa, isso não significa necessariamente que ela obterá mais votos na eleição de novembro.

Durante esta temporada eleitoral, os eleitores dos EUA também presenciaram duas tentativas de assassinato contra Donald Trump. Embora, após a primeira tentativa em julho, Trump tenha subido ligeiramente nas pesquisas, a retirada de Biden e a entrada de Harris mudaram o cenário. A segunda tentativa de assassinato contra Trump não gerou o mesmo impacto.

Harris aceitou um convite da CNN para um segundo debate este mês, mas Trump recusou, dizendo que era “tarde demais” para mais um confronto.

As Pesquisas Nacionais e os Erros do Passado

De acordo com uma pesquisa de três dias da Reuters/Ipsos, encerrada na segunda-feira, 23 de setembro, Harris lidera Trump com 46,61% contra 40,48% – ligeiramente acima da vantagem de 5 pontos que ela tinha sobre ele em uma pesquisa anterior realizada no mesmo mês. 

Embora as pesquisas nacionais possam ser consideradas representativas das opiniões do eleitorado, é o resultado do Colégio Eleitoral, estado por estado, que determina o vencedor, com os sete estados decisivos provavelmente sendo cruciais. Uma pesquisa recente do New York Times/Siena College indicou que Trump tinha uma ligeira vantagem no Arizona, Geórgia e Carolina do Norte.

Vale lembrar que as pesquisas subestimaram o apoio a Trump em 2016 e 2020. Alguns pesquisadores argumentam que as amostras padrão de pesquisa incluem eleitores que se sentem mais fortemente sobre a política e sua importância para sua identidade, enquanto, durante as corridas presidenciais reais, eleitores de baixa propensão também comparecem. Assim, as pesquisas falharam em prever com precisão o apoio que Trump, de fato, tinha no passado.

Cenário Atual do Mercado

Com o Federal Reserve (Fed) dos EUA anunciando um corte de 50 pontos base na taxa de juros em setembro e sinalizando novas reduções de taxa neste ano, as atenções estão voltadas para a próxima eleição presidencial dos EUA e os principais indicadores macroeconômicos. Embora dados empíricos indiquem que as flutuações do mercado antes das eleições se normalizam logo depois, os períodos pré-eleitorais tendem a ser cheios de expectativa e incerteza, o que os mercados não gostam.

Indiscutivelmente, a corrida presidencial está bastante acirrada, como em eleições anteriores dos EUA. Independentemente do resultado, a economia americana permanece razoavelmente firme, com o Fed no caminho certo para alcançar um “pouso suave”. Isto apesar do banco central ter elevado as taxas em 11 reuniões entre o início de 2022 e meados de 2023 para 5,25%-5,50%, a fim de combater as fortes pressões inflacionárias.

Estudos de Gráficos de Longo Prazo

Indice Dólar dos EUA (DXY):

Os estudos de gráficos do Índice Dólar dos EUA destacam que a ação do preço no gráfico mensal está se aproximando de um suporte importante em 99,67. Compartilhando espaço com a média móvel simples de 50 meses em 100,00 e duas relações de retração de Fibonacci próximas de 98,72, esta área é uma zona de suporte limpa e digna de atenção.

No entanto, embora a confluência em torno da zona de suporte mencionada seja notável, a reação da área em meados de 2023 não conseguiu gerar altas significativas, indicando falta de compromisso com o suporte. Dado que o Índice de Força Relativa (RSI) explorou níveis abaixo de 50,00 (momentum negativo), isso sugere uma possível queda em direção ao suporte do canal, estendido da mínima de 72,70.

Gráfico criado pelo TradingView

S&P 500:

Na semana passada, o S&P 500 atingiu recordes históricos, testando 5.767 e avançando pela terceira semana consecutiva. Isso ocorreu após um padrão de estrela da noite (evening star) fracassado no gráfico semanal. Para o gráfico mencionado, um suporte pode se formar em torno de um suporte descendente local no caso de uma correção (estendido da máxima de 5.669). No gráfico diário, o suporte é visto em torno de 5.656, complementando a linha de suporte potencial do semanal.

No geral, este permanece um mercado de compradores, com qualquer correção provavelmente atraindo compras em queda, particularmente na combinação de suporte semanal/diário.

Perspectiva Histórica

Desde o início dos anos 1950 – ou seja, há 18 eleições presidenciais – as ações dos EUA tendem a registrar ganhos moderados durante os anos eleitorais. Curiosamente, os retornos totais para o S&P 500 geralmente são maiores em anos não eleitorais. No entanto, dado o pequeno conjunto de amostras, é compreensivelmente difícil formar conclusões estatisticamente significativas; pesquisas mostram que não há correlação direta entre o preço dos mercados de ações dos EUA e as eleições presidenciais dos EUA.

É digno de nota que o S&P 500 está com uma alta impressionante de 20% no acumulado do ano e recentemente renovou recordes históricos de 5.767.

Gráfico criado pelo TradingView

Em relação ao USD, conforme o Índice Dólar dos EUA, presidentes recentes viram a moeda geralmente superar sob liderança democrata e subperformar sob administrações republicanas. No acumulado do ano, o dólar americano caiu -0,3%.

Gráfico criado pelo TradingView

É importante entender que vários fatores impulsionam o desempenho do mercado; confiar em uma única variável para estabelecer decisões de investimento raramente é recomendado. Durante alguns anos eleitorais, o desempenho econômico assumiu um papel mais central em termos de retornos do mercado, enquanto em outros, as eleições foram o foco.

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